sábado, 19 de fevereiro de 2011

VERGONHA MUSICAL - Parte 1

Pois é, rapaziada. Estou de volta por conta de uma reflexão feita acerca das letras de algumas músicas que são chocantes e passam despercebidas de boca em boca e fazem sucesso na nossa pátria. E sem esses clichês de zoar o Rebolation e o Tchubirabiron. Eis as letras:

"...você apareceu na minha vida, abriu a porta para uma saída..."
Belo - Perfume

WINSPER DIZ - Ê, Belo. Os anos de carência e solidão na cadeia te deixaram tão carente que você acabou fazendo música até pro carcereiro que te libertou. Lamentável.

"...pirou minha cabeça e o coração feito bola de sabão, me desmancho por você..."
Cláudia Leitte - Bola de Sabão

WINSPER DIZ - Pra começar, DESDE QUANDO UMA BOLA DE SABÃO DESMANCHA, INFELIZ? Uma bola de sabão, pra quem não sabe, é composta por ar e sabão. No dia em que o ar desmanchar, o que a gente vai respirar? Sabão? E em segundo plano, desde quando uma bola de sabão faz alguma pessoa "pirar"? Já pensou quão bizarro seria uma pessoa ficar entorpecida, sei lá, tomando banho? Tá lá Francisquinho passando xampu no couro cabeludo, daqui a pouco, ele começa a confundir os fios com cobras. Ou ele pode colocar a própria cobra nos fios elétricos, o que é um processo de histerectomia barato e eficiente.

"...onde queres revólver, sou coqueiro e onde queres dinheiro, sou paixão..."
Caetano Veloso - Quereres
WINSPER DIZ - Eu quero a Déborah Secco, quer dizer que você é a Preta Gil?

"Meu coração tá disparado, meu corpo está viciado nessa louca adrenalina que me faz arrepiar, meu sangue ferve nas veias quando você me incendeia..."
Luan Santana - Adrenalina

WINSPER DIZ - Enquanto um apaixona-se pelo carcereiro, o outro tem uma quedinha por uma pedra de crack. Ou metanfetamina, whatever. E analisando essa música, já especulamos o motivo do estrabismo desse jovem rapaz: será que ele não colocou a pedra no orifício errado. Humm, deve doer!

"...vou não, quero não, posso não, minha mulher não deixa não..."
Aviões do Forró - Minha Mulher Não Deixa Não

WINSPER DIZ - E quem te chamou pra alguma coisa? Imbecil do jeito que você é, ninguém vai te chamar nem pra ver Discovery Channel, campeão. Gordo desse jeito de tanto encher o cu de cerveja, sua mulher deve estar te colocando um par de pinos na testa nesse exato momento e você ainda lambendo a frieira dela. Para de cantar essa merda de música, para de beber, e vai movimentar a economia. Vem pro time do sem graça.

"...eu fico triste, alegre... sem beber, eu fico triste, bebendo, eu fico alegre..."
Os Paquitos - Fico Triste, Fico Alegre

WINSPER DIZ - O que é isso, o melô da Lindsey Lohan? Tem gente que só fica feliz com presente, tem gente que fica feliz com sexo, outros com um simples domingo com a família ou com a namorada. Mas é meio incomum, pelo menos pra mim, a pessoa depender de uma droga que te dá tonturas, náuseas e ressaca para ser feliz. Nisso, sem contar as vergonhas que uma pessoa bêbada passa. A própria Lindsey que o diga.

Pra fechar, temos uma música não-tão-conhecida do baiano Jauperi, o nome é Swing do Abdômen, e ele diz "...ôôôô na subida da ladeira..."
WINSPER DIZ - Não mete essa, champz. Se subir ladeira definisse abdômen, eu podia ir pra Guerra do Iraque sem arma e sem medo.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

APOSENTADORIA DO RONALDO - Alívio

Pois é, rapaziada. Nessa semana, o Ronaldo se aposentou, o que é um ALÍVIO para os amantes de bom futebol. Muitos de cara vão me xingar, mas pego o exemplo do Michael Jackson para explicar o fenômeno Ronaldo.

O "Rei do Pop" começou nos anos 60, com o grupo Jackson 5 e desde jovem destacava-se pelo seu talento especial, para dançar, cantar, compor, e posteriormente produzir. Nas décadas de 70 e 80, lançou álbuns como Off the Wall, Thriller e Bad, que alcançaram recordes de venda e de tempo nas paradas musicais. E até o início da década de 90, até aproximadamente 1992, lançava álbuns e era produtivo. Dali pra frente, foi apenas vergonha sobre vergonha. Chupou um pênis de um garoto de 8 anos com câncer. Fez milhares de cirurgias plásticas que fizeram o ser humano repensar na existência de um elo perdido. Casou-se com uma mulher de quem sequer gostava. Fez uma cagada balançando um de seus filhos na varanda de um hotel tal qual se chacoalha uma caipiroska.

Enfim, os verdadeiros admiradores racionais de Michael Jackson queriam que ele desaparecesse, desistisse da música ou até morresse, para que as memórias dele enquanto artista fossem eternas. Os irracionais fãs apostavam num muitíssimo improvável renascimento do artista.

Assim também ocorre com o ídolo nacional Ronaldo Luís Nazário de Lima. Atacante com um faro de gol extraordinário, de arrancadas vigorosas e dribles inovadores e desconcertantes, campeão do mundo com a seleção brasileira em 1994 e 2002, Ronaldo era um "espelho" para todos os jovens que gostavam de futebol, tanto por sua postura dentro como fora de campo, quanto pela superação e história de vida do atleta. Mas podia ter se aposentado já na época do Milan, quando teve sua última lesão grave. Ele SABIA que não iria voltar à forma física mínima necessária para que conseguisse desempenhar 10% do rendimento que já alcançou na carreira. Não necessitava de grana, nem dependia de ninguém. E preferiu voltar, em 2009, a jogar no futebol brasileiro, numa passagem que eu julgo como muito frustrada futebolísticamente falando pelo Corinthians. Passou grande parte do tempo machucado, gerando mais dinheiro para a imprensa que fazia julgamentos morais acerca do seu peso. Já não bastasse o escândalo com travestis num motel do RJ. O Ronaldo conseguiu estragar para o torcedor corinthiano e apreciador do futebol brasileiro, a imagem do herói que superou um rompimento nos ligamentos do joelho, e foi campeão e artilheiro de uma Copa do Mundo.

Torcemos para que o Ronaldo tenha uma aposentadoria longa e próspera, e que sua empresa, a 9ine tenha sucesso. E para os Ronaldos e Michael Jacksons do Brasil, quando sentir que chegou a sua hora de descansar, ceda. Não deixe que a última impressão alheia sobre você seja de alguém mal-sucedido, mesmo que a sua carreira tenha sido imensamente vitoriosa.

Abroços.